9 de November de 2025

Review: Pokémon Legends: Z-A é o melhor jogo da franquia da era Nintendo Switch!


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No dia 16 de outubro de 2025 foi então lançado o Pokémon Legends: Z-A, trazendo não só um dos melhores visuais da era Nintendo Switch, como uma versão de Nintendo Switch 2, fazendo o jogo rodar a 60 fps e com texturas melhoradas no novo console.

Nesse jogo, revisitamos a cidade de Lumiose após 12 anos do lançamento de Pokémon X & Y, que conta com novas Megaevoluções para alguns outros monstrinhos.

Para esta análise, foi jogada a edição para Nintendo Switch 2.

 

Enredo

Nesse jogo, o nosso personagem chega em Lumiose 5 anos após os acontecimentos de Pokémon X & Y e fica hospedado no Hotel Z, onde somos apresentados ao nosso “squad”, o Team MZ, composto por Taunie/Urbain, Lida, Naveen e o misterioso, mas já conhecido, AZ. Juntamente com eles, participamos não só do Z-A Royale (batalhas que acontecem à noite na cidade), mas também ajudamos a acalmar as Megaevoluções descontroladas que estão surgindo, ajudando a Quasartico Inc., responsável pelo projeto de desenvolvimento urbano da cidade.

Pokémon Legends: Z-A - cena do crédito com Lida, uma menina de cabelos pretos vestida com um moletom azul oversized, Taunie, uma jovem com um cropped vinho e um casaco marrom, e cabelos rosas com a raíz loira, e Naveen, um personagem negro, com longas tranças no cabelo e undercut, vestido com uma blusa laranja, uma camisa preta por baixo, gravata verde e um moletom branco por cima.

Até esse ponto, o enredo do jogo consegue avançar de forma linear e tranquila, mas senti que após a aparição das Megas, tudo ficou mais simples, se resumindo a repetidamente alternar entre enfrentar Megaevoluções para ajudar a Quasartico e derrotar um oponente apresentado na missão após derrotar o trio de Megas. Porém, esse tipo de artifício penso ser aceitável em uma DLC ou post-game, e não na campanha principal, já que foi algo que vimos, por exemplo, após finalizar Pokémon Sword & Shield, em que revisitamos as cidades para controlar os Pokémon Dinamax que estão aparecendo em Galar graças aos personagens Sordward e Shielbert (Espadarnaldo e Escudoberto, na localização do Pokémon TCG), ou do post-game de Pokémon Scarlet & Violet, onde enfrentamos novamente todos os líderes de ginásio.

Por fim, sinto falta, ainda, de uma explicação para o fenômeno da Megaevolução. Apesar de ter sido comentado por cima o motivo das Megas estarem aparecendo, que pode, de certa forma explicar sua origem, não bate o martelo para dizer como essas formas surgiram. Parece que elas acontecem pontualmente em Lumiose por causa da urbanização da cidade.

 

Gráficos

Como já mencionado, Pokémon Legends: Z-A trouxe uma melhora gráfica, ficando atrás apenas de Pokémon Let’s Go Pikachu & Eevee. Apesar das inúmeras críticas na internet sobre as janelas e varandas serem um “PNG”, isso de nada interfere na gameplay. Entretanto, o fato de ter pessoas paradas no meio das ruas sim me foi um pouco estranho, mas falarei disso na parte de gameplay.

Todos os efeitos de luz ficaram muito bons, incluindo o efeito “holográfico” nas Megaevoluções. O que posso falar que ficou a desejar foram as texturas dos Pokémon, que voltaram a ser “bonecos” de plástico de cor sólida, enquanto que nos jogos anteriores tivemos texturas de pelo, escamas e até os Pokémon metálicos receberam um tratamento especial.

Além de gráficos, aproveito para falar da interface dos menus do jogo, que ficaram incríveis. Como designer, acredito que a UI (User Interface) do jogo ficou muito atual e minimalista, de forma que não polui os a jogatina, e lembra muito as interfaces de Pokémon X & Y.

 

Jogabilidade

Essa revisita a Kalos trouxe diversas novidades, até mesmo para um jogo da série Legends. Aqui, pudemos novamente explorar o mapa como um grande mundo aberto, porém, limitado à cidade de Lumiose (mas sem poder entrar na grande maioria dos prédios, o que foi frustrante), com a possibilidade de capturar os monstrinhos sem começar uma batalha.

Começando pelos acertos em Pokémon Legends: Z-A, a customização de personagens dá um show de inclusão. Além de ter a maior variedade de roupas e acessórios, é possível customizar o personagem com quaisquer itens e penteados, independente do seu gênero.

Pokémon Legends: Z-A - Personagem vestido com uma blusa "feminina" rosa, um shorts curto rosa e um tênis rosa, juntamente com o seu Sylveon, que está pulando. Ambos estão sorrindo para a câmera, e o personagem está fazendo um sinal de "V" com as duas mãos.

Em relação à interação com os monstros de bolso, a primeira novidade aqui é justamente a possibilidade de derrotar o Pokémon para depois capturá-lo, como acontece com o anime. E, se tentar capturá-los sem derrotá-los, existe um limite de vezes que você pode o fazer, deixando em um estado de fúria/raiva, impossibilitando a captura.

Também semelhante ao anime, e acredito que essa nova mecânica seja a maior inovação que esse jogo trouxe, é a possibilidade de batalhar contra com os monstrinhos se movimentando em tempo real. Aqui, os Power Points (PP) dos ataques foram substituídos por um tempo de recarga, e cada ataque possui uma distância para ser executado.

Personagem utilizando uma Chikorita para batalhar contra uma Flaafy selvagem no telhado de um prédio de Lumiose.
Imagem: Pokémon Legends: Z-A

Apesar de ter amado esse novo sistema, é o fato do Pokémon precisar constantemente ficar em uma distância exata para executar o comando, e não utilizar o ataque só do oponente estar dentro de um raio específico. Por exemplo: O ataque Energy Ball da Meganium é um ataque a distância, e na maioria das vezes, mesmo o oponente estando na frente dela, ela precisa se afastar, o que dá margem para ser alvo de ataques do oponente, para então disparar o ataque.

Agora sobre a exploração da cidade em si, apesar de nosso personagem correr a uma velocidade “ok”, uma das coisas que senti falta nesses jogos foi a existência de uma bicicleta ou até mesmo do patins, que é uma marca registrada de Pokémon X & Y.

Personagem andando de patins em Lumiose City, em Pokémon X & Y.
Personagem andando de patins em Lumiose City, em Pokémon X & Y. Imagem: @soveryanon, Tumblr

Também senti falta do personagem conseguir pular. Claro que, se isso existisse, seria fácil de explorar certas áreas então bloqueadas no início do jogo. Porém, se estamos em um mapa em mundo aberto, seria interessante conseguir pular caixas (e não só rampas em andaimes) para acessar algumas áreas. Isso poderia ser limitado com paredes mais altas ou objetos bloqueando o caminho, além de uma animação do personagem empurrando a parede nos momentos em que não consegue mais avançar.

Por fim, o que mais me incomodou, muito mais do que os prédios com fachada PNG, como mencionei anteriormente, foram as pessoas paradas no meio da rua. Não há problema em ter NPCs parados. O problema aqui é que muitas vezes eles estavam literalmente no meio da rua, parados, sem interagir com um Pokémon ou outra pessoa para simular uma conversa. Ter esse olhar mais cuidadoso faria o jogo ser mais imersivo.

Personagem em Pokémon Legends: Z-A em um cruzamento com quatro pessoas aleatoriamente no meio da rua, imóveis.

 

Trilha Sonora

Se existe algo que não posso reclamar em Pokémon é da trilha sonora, e Pokémon Legends: Z-A não deixou nada a desejar. O jogo trouxe as principais músicas da 6ª Geração muito bem orquestrada em seus novos arranjos. Elas conseguiram passar a nostalgia dos jogos de 2013, mas também trazem um ar novo e atual para o jogo. Em alguns poucos pontos só que senti que a trilha não fazia sentido com o que estava acontecendo, mas são tão poucos momentos que não consigo lembrar exatamente deles, foi apenas uma sensação que tive.

 

Conclusões

Pokémon Legends: Z-A é, sem dúvida, um jogo obrigatório da franquia Pokémon para ter em sua coleção. Após esse lançamento, posso afirmar que ele está, sem dúvida, entre os melhores jogos da Core Series, e é o melhor jogo de Pokémon do Nintendo Switch, ficando na frente de Pokémon Scarlet & Violet apenas pela quantidade de bugs e má performance desses dois jogos se não for jogado no Nintendo Switch 2. Pokémon Legends: Z-A não só traz experiências inovadoras como muito mais imersivas em comparação à média dos jogos da franquia. Os personagens são carismáticos, o enredo, apesar de um pouco cansativo em alguns momentos, é divertido. A trilha sonora é nostálgica com um toque de modernidade. Sem dúvida é um grande acerto da franquia utilizando ao seu favor tudo o que deu certo dos lançamentos passados, conseguindo fechar a era “Nintendo Switch” com chave de ouro. Recomendadíssimo!

 

Nota: 8,5 de 10

Prós: mecânica de batalha, customização de personagem inclusiva, trilha sonora, boa performance, diálogos engraçados.

Contras: falta de dublagem, enredo pode ser um pouco cansativo em alguns momentos (apesar de divertido), ausência de patins/bicicleta ou montaria, não poder entrar nos prédios e lojas.

 


Pokémon Legends: Z-A está disponível na Loja Nintendo em mídia digital e nos grandes varejistas em mídia física, com capa localizada em português do Brasil. Você pode encontrar o jogo em sua versão para Nintendo Switch e a Edição para Nintendo Switch 2, que conta com o pacote de melhoria. O jogo, entretanto, não está disponível em português do Brasil.

Agradecemos à Nintendo por ceder uma cópia digital do jogo para esta análise.

Para conferir todas as novidades de Pokémon Legends: Z-A, acesse o nosso Hub.

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